A vida não deveria ter trilha sonora, ela já tem. Sempre tem uma música que te faz lembrar de alguém, de algum momento, de um filme, uma cena ou te traga uma lembrança triste. Mesmo sem percebermos temos um repertório de canções de tempo em tempo. As mais variadas e até as que não gostamos muito, mas por marcarem determinada situação são lembradas quando menos esperamos.
Hoje em dia se vê gente com fones de ouvido em todos os lugares. Neste momento, por exemplo, estou no ônibus voltando do trabalho a exatamente uma hora e quinze. Óbvio que estou de fones de ouvido e olhando para os outros passageiros vejo que é um acessório da grande maioria. Seja lá o que cada um está ouvindo, estão escutando uma seleção de músicas feitas por eles próprios, já que é hora da voz do Brasil e acredito que a grande maioria não ouve o rádio neste horário, a não ser eu de vez em quando.
É de costume e cultural, a música faz parte de nossas vidas e a deixa mais feliz, emocionante e às vezes melancólica. As letras que parecem se encaixar com todos e ao mesmo tempo parecem ter sido escritas para aquela pessoa especialmente trazem a realidade, o sentimento, descrito perfeitamente junto às notas musicais. Música é arte bonita compartilhada puramente. Há alguns meses, por exemplo, vimos milhares de pessoas em uma só voz no festival Rock in Rio. Eu mesma me emocionei ao ouvir a esmagadora plateia cantando em coral músicas populares que me fizeram lembrar “n” coisas.
Dia desses recebi uma ligação de uma amiga me dizendo que ela precisava muito me ligar naquele dia, pois logo de manhã disse ter ouvido uma música que gostávamos muito e cantávamos juntas. No fim do dia quando foi ligar o rádio novamente estava tocando outra que também temos boas lembranças juntas. Conclusão, ela disse que era um sinal de que precisa me ligar naquele dia para falar comigo e saber como eu estava, já que ficamos às vezes tanto tempo sem nos falar.
A música faz toda a diferença, isso que eu não sou uma fã que sabe todo o repertório da sua banda favorita, ou que passa na rua e reconhece um cantor, compositor a quilômetros de distância. Sou eclética, e muito por sinal, mas não sirvo para tiete, hoje não. Sempre me imagino participando daqueles negócios que todo mundo sai dançando junto a mesmo coreografia em um lugar público (não sei com é o nomes). No trem, no ônibus, em uma loja ou restaurante, sempre imagino isso e riu sozinha. Acho que deve ser bem legal, porque a música é contagiante e nada mais bonito e divertido contagiar as pessoas que andam sérias, correndo, atrasadas ou de mau humor. A música faz isso, contagia a todos.
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