quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Diário de um TCC

Evitei postar aqui sobre minha odisseia com o TCC, até porque, não tinha tempo nem para dormir, que dirá escrever no blog. O que não impediu que eu chorasse as pitangas no facebook (lugar propício para mimimis). Só hoje, depois de quase duas semanas da entrega do filho que fiz crescer durante cerca de um ano e meio, falarei sobre o assunto.

Primeiro de tudo tenho que reconhecer que a produção de um trabalho dessa estirpe me fez mesmo crescer e desenvolver vocabulário, habilidade, paciência e organização que sequer eu sabia que tinha. Outro ponto foi a minha ansiedade e nervosismo. Gente, não explodi por um triz! Tanta informação na cabeça, tanta coisa para fazer, era trabalho, era aula, era sono, comer, como assim? Em tudo que eu fazia eu pensava que ao invés de estar fazendo aquilo naquele momento eu poderia estar em casa “tecendo”. Faz parte tudo isso? Talvez sim, mas para essa fase, de TCC, deveria existir um tipo de licença do trabalho, da vida. Uma fase em que a pessoa pudesse se dedicar inteiramente para isso, sem ter que se dividir. Todos dizem entender, mas no fundo ninguém entende como a gente. Amigos, família, etc. dão o maior apoio, com certeza, sem eles esse momento deve ser ainda mais aterrorizante. Ao mesmo tempo as pessoas pensam que exageramos, que dá para desviar a atenção um pouquinho, que um sábado sem TCC não vai arruinar a nossa vida. Bom, ainda bem que tem gente que consegue pensar assim em meio ao turbilhão de coisas que se vive, pois se não fosse esses resgates da reclusão que nos colocamos, o troço seria mesmo mais louco!

Por fim, tudo deu certo. Eu terminei meu trabalho uma semana antes do prazo e quase consegui me dividir entre família e trabalho. Quanto aos amigos, esses se encarregaram de me apoiar de longe e por vezes me estenderam a mão.  Tenho só a agradecer a toda essa gente e principalmente, avisar que eu sobrevivi! Chorei, sorri, surtei, comi, bebi, mas agora estou aqui! Bancaaa... pode vir!!!