terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tempos modernos



* Enviado por Sr. Valdoir Machado e compartilhado por Amanda Porterolla.

Roda a trilha ae!!!

A vida não deveria ter trilha sonora, ela já tem. Sempre tem uma música que te faz lembrar de alguém, de algum momento, de um filme, uma cena ou te traga uma lembrança triste. Mesmo sem percebermos temos um repertório de canções de tempo em tempo. As mais variadas e até as que não gostamos muito, mas por marcarem determinada situação são lembradas quando menos esperamos.

Hoje em dia se vê gente com fones de ouvido em todos os lugares. Neste momento, por exemplo, estou no ônibus voltando do trabalho a exatamente uma hora e quinze. Óbvio que estou de fones de ouvido e olhando para os outros passageiros vejo que é um acessório da grande maioria. Seja lá o que cada um está ouvindo, estão escutando uma seleção de músicas feitas por eles próprios, já que é hora da voz do Brasil e acredito que a grande maioria não ouve o rádio neste horário, a não ser eu de vez em quando.

É de costume e cultural, a música faz parte de nossas vidas e a deixa mais feliz, emocionante e às vezes melancólica. As letras que parecem se encaixar com todos e ao mesmo tempo parecem ter sido escritas para aquela pessoa especialmente trazem a realidade, o sentimento, descrito perfeitamente junto às notas musicais. Música é arte bonita compartilhada puramente. Há alguns meses, por exemplo, vimos milhares de pessoas em uma só voz no festival Rock in Rio. Eu mesma me emocionei ao ouvir a esmagadora plateia cantando em coral músicas populares que me fizeram lembrar “n” coisas.

Dia desses recebi uma ligação de uma amiga me dizendo que ela precisava muito me ligar naquele dia, pois logo de manhã disse ter ouvido uma música que gostávamos muito e cantávamos juntas. No fim do dia quando foi ligar o rádio novamente estava tocando outra que também temos boas lembranças juntas. Conclusão, ela disse que era um sinal de que precisa me ligar naquele dia para falar comigo e saber como eu estava, já que ficamos às vezes tanto tempo sem nos falar.

A música faz toda a diferença, isso que eu não sou uma fã que sabe todo o repertório da sua banda favorita, ou que passa na rua e reconhece um cantor, compositor a quilômetros de distância. Sou eclética, e muito por sinal, mas não sirvo para tiete, hoje não. Sempre me imagino participando daqueles negócios que todo mundo sai dançando junto a mesmo coreografia em um lugar público (não sei com é o nomes). No trem, no ônibus, em uma loja ou restaurante, sempre imagino isso e riu sozinha. Acho que deve ser bem legal, porque a música é contagiante e nada mais bonito e divertido contagiar as pessoas que andam sérias, correndo, atrasadas ou de mau humor. A música faz isso, contagia a todos.

domingo, 16 de outubro de 2011

Que mundo é esse?

Nada que ensina mais que a vida. Você pode fazer várias faculdades, pode se especializar em diversos assuntos, pode ser doutor, mestre o que for, mas só a vida vai te ensinar a ser humano, humilde, ser cauteloso, responsável, amigo, amado, cumplice, sensível, justo e solidário. Ao longo dos anos cada um vive diferentes situações, alegres ou tristes, que então mostram qual a reação do momento.

Por mais que as pessoas imaginem suas reações para determinadas situações tudo depende da circunstância e dos “poréns” do ocorrido. Dificilmente alguém seria tão controlado a ponto de não mudar de ideia, de não se deixar levar por um momento ou sentimento. As pessoas se entregam umas as outras, se dedicam ao que fazem e criam expectativas de retorno, o que às vezes decepciona e é aí que não dá para prever reações.

É fato que nos dias de hoje o egoísmo aflora nas pessoas fazendo com que elas vão em busca do próprio bem estar e nada mais. Todos querem se dar bem no trabalho, na vida afetiva, nos estudos. Até em uma fila de ônibus, todos querem ser o primeiro a entrar. Isso tudo faz com que as pessoas percam suas origens e coloca em extinção o amor ao próximo. Claro que eventualmente alguém pensa nisso e então se encontra uma viva alma pura de coração, mas a grande maioria está sujeita a esquecer sua essência educacional, se é que isso existe.

A utopia passa longe destas linhas, o que destaco é a vida e o que se aprende dela. Vejo tanta tragédia, discórdia, ganância e corrupção que tiro minhas conclusões, as pessoas estão esquecendo o que aprendem da vida, esquecendo o que um dia lhes foi ensinado como princípios e ética e acabam por se deixarem levar pelas ditas “coisas do mundo”.

Qual a solução para que não se percam os bons costumes? O que pode ser feito para as pessoas não adquirirem, involuntariamente, o egoísmo? Eu vejo que a única possibilidade para isso é a reflexão sobre si mesmo. Não acho que o pior dos problemas do mundo seja o comportamento das pessoas, mas talvez se elas fossem melhores poderiam resolver muitos problemas que fazem deste mundo cão ser as vezes injusto e outras vezes uma incógnita.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Caso Ipanema FM

Sempre fui fã de rádio e sou um tanto eclética, porém, chata para música. Acompanho desde muito nova o radiojornalismo, o que me fez inclusive escolher me graduar em Jornalismo. Confesso que utilizo bastante os botões para trocar de rádio em busca daquilo que mais agrade meus ouvidos, entretanto tem horários específicos que certas rádios me ganham. A que mais gosto da programação na integra é a Ipanema FM, a qual no dia de ontem, 15 de agosto me perdeu como ouvinte, mas ganhou novamente hoje.

A recente estratégia de marketing da 94.9 deixou muita gente indignada. Eu, inicialmente percebi qual era a sacada do tipo, falem bem ou falem mal, mas falem de mim. Mas depois acabei caindo na brincadeira e achei que era alguma outra coisa, pegadinha, erro de sinal, que estavam em manutenção para algumas mudanças, enfim... Pensei diversas coisas na espera de que alguém se pronunciasse, no entanto enchi o saco e troquei de rádio.

Não fiquei de cara como muita gente, brinquei, falei bastante no twitter e facebook, mas acreditei que algo seria explicado depois e foi. A meu ver a ideia da ação não foi a divulgada, mas foi o que todos os apresentadores disseram, que o objetivo era reafirmar a marca mostrando o que as outras emissoras tentam fazer com seus ouvintes, enfia-lhes goela a baixa músicas de “sucesso” repetidamente. Penso que se fosse realmente isso foi mal explicado. Se fosse uma ação planejada e tals a explicação teria de ser clara simples e objetiva e não tão esmiuçada. Onde já se viu ter que explicar a piada?

Sigo ouvindo a Ipanema e não crucifico quem teve esta ideia, mas vi muitos comentários de uma galera que não curtiu o feito e outros que acharam fantástica a iniciativa de mostrar que a emissora faz muita falta nos dias de hoje, onde as modinhas tomam conta e enchem o saco. Percebi que muita gente do rock ou talvez apenas ecléticos como eu fizeram uma grande descoberta com esta ação, que a rádio livre, a ovelha negra, a 94.9 é insubstituível e que seu repertório é de fato fabuloso.

A única coisa que tenho efetivamente a reclamar é o despertar de ontem. Acordar com o despertador do rádio é uma rotina na casa do meu namorado e acordar com Bruno e Marrone seguido de Luan Santana e Angélica estragou meu dia. TPM é pouco para o mau humor que fiquei. Ainda fiquei um tempo ouvindo achando que era arreação e que alguém ia falar alguma coisa, sei lá, mas não. Só às cinco horas da tarde recebi uma ligação dizendo que era para eu sintonizar que a vida tinha voltado ao normal e que a Ipaneminsk estava no ar, mas aí meus queridos meu humor já tinha ido para o brejo e ninguém foi buscar. Na volta para casa pude ver uma bela lua cheia e ainda, acreditem se quiser uma estrela cadente, o que me fez pensar que “nessa vida nada perene um pouquinho de tudo eu já vi”.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tonho Crocco - Gangue da Matriz



A falta de vergonha na cara desses políticos não tem limite mesmo. A sociedade tem que se unir e ir contra as barbaridades dessa máfia. A união faz a força, não é mesmo? Se eles são a minoria frente a população ainda temos esperança.
A favor da liberdade de expressão!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Perfil

Ela é a paciência em pessoa. Ela é amorosa, bem humorada, carinhosa, dedicada, jovial, vivida. Ela é linda, negra, cabelos escuros com lindos cachos, pele macia, sorriso incomparável. Estatura mediana, pernas grossas, mãos delicadas e um semblante de mulher guerreira. Mulher que sabe sobre a vida. Que já sofreu e já foi muito feliz. Mulher que ama o que faz e faz o que ama. Mulher que acolhe apenas com seu olhar à quem demonstrar algum afeto. Mulher que acima de tudo pensa na família e nunca em si primeiro. Mulher que não se compara, não se explica, pois é mãe e só isso basta para que todos estes adjetivos sejam reduzidos frente à sua magnitude.

Ela é Mary Rossecler Peinado da Silva, 46 anos. Mãe de duas meninas (mulheres), chamadas de seus bebês ainda. Ela é dona de casa que tem gosto de cuidar de seu lar e de sua família. Tendo sempre o amor e a fraternidade como base, sua família, composta por quatro pessoas, ela, as filhas e o esposo, cresceu e se desenvolveu nos últimos anos. No fim de 2009 Geisa, a filha mais velha, se casou e já esta esperando a primeira neta de Mary. A alegria e os laços de seus entes queridos só aumentaram desde então.

Irmã de duas mulheres e um homem, ela relembra um pouco de sua infância. “Não tínhamos muitas condições financeiras. O pai e a mãe trabalhavam, mas nós todos também começamos a trabalhar cedo. Lembro-me que estudava em um colégio público e levava para as aulas um saco plástico com meus tocos de lápis de cor. Nós sempre nos tratamos muito bem, mas como todos os irmãos, às vezes brigávamos. Um dia, eu e as gurias combinamos de dar uma surra no Gerson, o irmão mais novo, pois ele tinha feito algo para nós que agora sequer me lembro. Trancamos ele dentro de casa, mas logo o pai chegou e não permitiu que judiássemos dele”, contou Mary.

Trabalhando e estudando, Mary não conseguiu dar continuidade à ambos e na sétima série ela deixou de estudar para apenas trabalhar. Quando tinha idade o suficiente ela começou a sair e gostava muito de dançar. “Eu e a Rose, uma grande amiga, ensaiávamos durante a semana os passes de dança para que quando chegássemos na ‘Discoteca’ pudéssemos dar um show na pista”, disse ela, e segundo seu esposo, que a conheceu na época, elas realmente davam um show. “Elas dançavam muito bem. Tinha um outro rapaz que também fazia passes na discoteca, mas as duas sempre ganhavam. Era quase uma competição”, ressaltou Nilton Cláudio da Silva.

Ela é a minha mãe.

*Texto produzido para a cadeira de Redação Jornalística II - UNISINOS 2010

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eclética ao quadrado

A pessoa eclética pode ter vários picos de adoração, mas nunca deixando de dar espaço para tudo em sua time line da vida. Eu, nos últimos dias, tenho feito programas de lazer que compreendem àquilo que eu gosto e acabei descobrindo que o meu pico de “ecleticidade” tem oscilações gigantescas.

Um pouco menina, um pouco mulher, um tanto moleca, mas de fato uma pessoa de personalidade. Quando eu era pequena meu brinquedo favorito eram as Barbies. Ao mesmo tempo eu gostava de descer a lomba lá da rua no meu fusquinha (detalhe que a lomba era de paralelepípedo). Hoje gosto de diversas outras coisas, como música eletrônica e um samba de raiz.

Trazido da infância esse gosto por certas coisas se manteve, porém recentemente foi aflorado em uns finais de semana dedicados ao lazer. Estive no Iguatemi no Museu Encantado da Barbie, onde dezenas de bonecas contaram a história dos últimos 60 anos da moda. Foi um passeio muito interessante onde homens e mulheres apreciaram as bonecas e eu, registrava cada uma delas com os olhos brilhantes.

Eu, particularmente amei a exposição. As bonecas eram maravilhosas, com detalhes impecáveis, roupas, acessórios e sapatos fantásticos. Cópias de celebridades em toques especiais de realidade, as Barbies contaram a história da moda e da própria vida com as amigas, a família, o namorado Ken e as profissões que já se aventuraram na vida. Um Museu digno de parabéns por quem pode apreciar.

Há poucos dias tive outra ótima experiência que gostei muito, fui à Stock Car. Um programa diferente, mas eletrizante para quem gosta de carros e de assistir as corridas pela televisão. Sim, a mesma pessoa que foi ao Museu Encantado da Barbie estava ouvindo os roncos dos motores no Velopark em Nova Santa Rita. Depois de ganhar uma credencial de acesso aos boxes com a melhor frase em uma promoção pelo twitter fazer este passeio reascendeu meu desejo de infância de ser uma corredora.

Como diz o ditado, gosto é gosto e não se discute e eu nem me atrevo a discordar disso, afinal sou a ecleticidade em pessoa. Apesar disso tem muitas coisas que não consigo mudar. Tem coisas que não gosto e simplesmente não gosto. Não gosto de sertanejo nem programas de mulherzinha como chá disso e chá daquilo, mas gosto e gosto muito de uma tarde no salão de beleza ou relembrar os pagodes antigos em uma sessão mela cueca. Vale curtir o que se gosta e eras isso.



domingo, 20 de março de 2011

Edição especial - Revista Evidência

Na edição especial de número 150 da revista Evidência antigos colaboradores deixaram seus depoimentos sobre as experiências vividas com a equipe.

Tive a sorte de fazer parte desta redação e o reconhecimento e consequentemente um depoimento publicado: