Dia desses estava eu e minha mãe na beira da praia conversando. Eu, em especial, estava lendo um livro o qual pausava conforme a conversa. A praia não estava muito cheia, fim de temporada. O que mais se via eram nordestinos vendendo redes e argentinos. Foi então que dois rapazes chegaram e se acomodaram logo atrás de nós, em uma proximidade um tanto desnecessária eu diria, tendo em vista o tamanho do espaço que havia sobrando. Mas de fato, este não é o foco.
Ao sentarem tão próximos acabávamos escutando todo o assunto alheio. E é ai onde eu quero chegar. Pode até não ser exatamente assim, mas o que eu entendi da história foi o seguinte...
Os dois rapazes eram amigos, um deles tinha se desentendido com a namorada e saiu com o outro. A moça por sua vez parecia estar desesperada porque não parava de ligar. (E nós nesta hora já éramos três, pois meu pai também havia chegado e presenciava toda a situação conosco). Enquanto isso eles estavam sentados a beira da praia tomando uma cerveja e combinando o que diriam para ela. Não se passaram nem 15 minutos e ela chegou, a dita cuja. Sem tirar os óculos do rosto para não mostrar a expressão de choro. Tranquila, aparentemente. Ela de fato cochichava para não ser flagrada por nossos ouvidos, sem querer, atentos.
Quieta a moça apenas respondia o que lhe era perguntado. Até que seu namorado saiu e o amigo colocou em prática o combinado. Ao ver uma reação inesperada de maturidade da moça o namorado quando voltou não acreditou que o assunto tinha sido única e exclusivamente ele em sua ausência. Resumindo a história, ela foi embora. Eles não fizeram as pazes, ele acusou o amigo de dar em cima dela e nós sem sequer ver a cara dos personagens, percebemos o tamanho do equívoco.
Bem se vê a diferença entre os sexos. As pessoas são previsíveis. Elas agem muitas vezes como animais, por instintos. E vamos combinar, uma cabeça feminina tem lá seu clímax de orgulho onde por mais “acabadas” que elas estejam sobem no salto, engolem o choro e seguem em frente. Os homens, porém, não chegam neste estágio ao menos não demonstram, mas desconfiam até da sombra.
Nós não estamos sozinhos no mundo, certamente isso já aconteceu com várias pessoas em determinados momentos. Quem nunca ouviu algo sem querer? Algo às vezes corriqueiro, mas que não se pode evitar. Claro que é inocente, enquanto não é proposital, mas é bom termos está percepção para não sairmos falando o que vem a cabeça dentro do ônibus ou na fila do banco. Já diz o ditado: As paredes têm ouvidos. E ainda... Contudo mais uma vez se confirma que em briga de casal, realmente, não se deve meter a colher.
Ao sentarem tão próximos acabávamos escutando todo o assunto alheio. E é ai onde eu quero chegar. Pode até não ser exatamente assim, mas o que eu entendi da história foi o seguinte...
Os dois rapazes eram amigos, um deles tinha se desentendido com a namorada e saiu com o outro. A moça por sua vez parecia estar desesperada porque não parava de ligar. (E nós nesta hora já éramos três, pois meu pai também havia chegado e presenciava toda a situação conosco). Enquanto isso eles estavam sentados a beira da praia tomando uma cerveja e combinando o que diriam para ela. Não se passaram nem 15 minutos e ela chegou, a dita cuja. Sem tirar os óculos do rosto para não mostrar a expressão de choro. Tranquila, aparentemente. Ela de fato cochichava para não ser flagrada por nossos ouvidos, sem querer, atentos.
Quieta a moça apenas respondia o que lhe era perguntado. Até que seu namorado saiu e o amigo colocou em prática o combinado. Ao ver uma reação inesperada de maturidade da moça o namorado quando voltou não acreditou que o assunto tinha sido única e exclusivamente ele em sua ausência. Resumindo a história, ela foi embora. Eles não fizeram as pazes, ele acusou o amigo de dar em cima dela e nós sem sequer ver a cara dos personagens, percebemos o tamanho do equívoco.
Bem se vê a diferença entre os sexos. As pessoas são previsíveis. Elas agem muitas vezes como animais, por instintos. E vamos combinar, uma cabeça feminina tem lá seu clímax de orgulho onde por mais “acabadas” que elas estejam sobem no salto, engolem o choro e seguem em frente. Os homens, porém, não chegam neste estágio ao menos não demonstram, mas desconfiam até da sombra.
Nós não estamos sozinhos no mundo, certamente isso já aconteceu com várias pessoas em determinados momentos. Quem nunca ouviu algo sem querer? Algo às vezes corriqueiro, mas que não se pode evitar. Claro que é inocente, enquanto não é proposital, mas é bom termos está percepção para não sairmos falando o que vem a cabeça dentro do ônibus ou na fila do banco. Já diz o ditado: As paredes têm ouvidos. E ainda... Contudo mais uma vez se confirma que em briga de casal, realmente, não se deve meter a colher.
É uma crônica sensacional, muito sóbria, simples e narrada com naturalidade. A roupagem é a ideal, faz com que o leitor se transporte sem se concentrar,para a cena. Com certeza é digna de publicação por colunistas renomados.
ResponderExcluirApenas uma observação: nem sempre quem age por instinto é previsível. Lembra, cada ação corresponde a uma reação... MEUS PARABÉNS
Exato! Ótima observação, eu estava realmente esperando alguém perceber isto. Que mentira! Brincadeira minha! Mas na tentativa de defesa: eu quis expressar duas idéias, e não uma. Talvez tenha me expressado mal, mas a intenção era esta. E obrigado, assim pude esclarecer melhor!
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