sábado, 18 de julho de 2009

Mentira tem perna curta

Nunca fui bem sucedida em minhas mentirinhas. Quando eu era criança não gostava de tomar leite, mas minha mãe dizia que era muito importante, que eu tinha que tomar e blá blá blá... Fazia de tudo pra que eu tomasse um copo que fosse! Geralmente acordava eu e minha irmã com um nescauzinho quentinho na cama. Uma vez ela fez um copão pra eu tomar e me disse que quando voltasse do mercado eu tinha que ter tomado tudo, e saiu. Um pouco depois, lembro que peguei o copo inteiro e joguei pela janela, mas além de jogar por cima das plantas, minha tia estava chegando bem na hora e viu. Óbvio que contou pra minha mãe e ela me fez outro nescau fresquinho e não tive como escapar.

Mais tarde, quando já era “aborrescente” queria muita sair com umas amigas, no entanto minha mãe não quis me deixar ir, mas permitiu que eu dormisse na casa de outra. Foi quando eu “escapuli”! Elas moravam perto uma da outra, e eu acabei indo na festinha que tanto queria. No outro dia parecia que estava escrito na minha testa que eu havia saído. Acabou que eu mesma contei pra minha mãe o que eu tinha feito. Consequencia? Fiquei de castigo.
Uma outra vez, voltando mais ainda no tempo, eu estava brincando de cabeleireiro com minha vizinha e acabei cortando de verdade o cabelo dela (Quem nunca fez isso?). Ela usava um daqueles “rabos de cavalo” e eu levantei-o e tasquei a tesoura, mas quando me dei conta da burrada que havia feito disse pra ela ir para casa e dizer que estava brincando com a outra fulaninha e não comigo. Resultado: Minutos depois a mãe dela estava lá em casa indignada comigo e mostrando pra minha mãe o que eu tinha feito. No final, elas se entenderam, minha mãe brigou comigo e eu fiquei braba com a guria porque ela tinha contado que fora eu a culpada.

Essas peripécias, enquanto são feitas na inocência ou mesmo em uma fase da vida que a personalidade não esta bem formada ainda, ganham desconto, pois são besteirinhas que não fazem mal a ninguém, exceto a minha vizinha lá, mas... Crianças são crianças... Hehe!
O problema é quando a mentira vira marca registrada de uma pessoa. Quem não conhece a historinha do Joãozinho, que sempre mentia e quando falou a verdade ninguém acreditou? Paciência, a realidade é essa mesma! As pessoas que se viciam nesse método de “inovar” as histórias, provavelmente não são levadas a sério. O mentiroso sempre é pego. Quando não é surpreendido em pleno ato, que daí a coisa fica mais feia ainda! Como diz o ditado: Mentira tem perna curta! E o pior de tudo é que o mentiroso da vez sabe que está mentindo e não fica ao menos corado ao realizar tal disparate. É tão especialista no assunto que ele mesmo se convence da história pra depois levantar falso testemunho. As vezes o indivíduo escapa pela tangente, quase descoberto mas se safa o danado! O falsário de carteirinha é aquele que passa uma certa confiança e assim acaba por enganar a todos. É quase isso, o mentiroso! Muitas vezes não planeja, já é um costume que carrega consigo, mas da mesma maneira acaba por ser um enganador.

Há uma certa diferença entre mentir e omitir, e apesar de nenhum dos dois serem recomendados, acredito que mentir por gosto ou por medo, benefício próprio ou coisa parecida, ainda é pior do que simplesmente omitir determinada coisa. A pessoa que omite esta guardando segredo, poupando sofrimento ou ignorando assuntos inconvenientes, o que pode-se entender. - Que fique claro que não estou defendendo omissões. Mas a mentira, ah essa não tem perdão, não tem explicação!

Eu não sei mentir, até porque hoje em dia meus assuntos, meus problemas ou o que eu faço dizem respeito a mim e meu excelentíssimo, mais ninguém. Agora, quando faço uma mentirinha pra minha mãe invento uma história sem pé nem cabeça que é óbvio que não é verdade, então nós rimos e vira uma brincadeira. Por isso, não aceito e acho de má índole determinada pessoa que mente apenas para ter assunto. Não tem o que dizer? FICA QUIETO.

*Baseado em fatos reais.

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