terça-feira, 9 de março de 2010

Entre a morte e a vida

Na mesma semana em que aconteceu aquela tragédia no parque da Redenção, onde uma pessoa acabou morrendo - Pra quem não sabe, no domingo retrasado (notícia velha já) houve uma briga entre duas gangues em plena tarde ensolarada no parque -, na segunda-feira uma mulher deu a luz em plena praça em frente ao Gasômetro.

Segundo o relato de algumas pessoas que presenciaram aquela estupidez violenta, àquela tarde de domingo foi de vivência de momentos de verdadeiro terror. Imagine só, não é pra menos, pois em um lugar movimentado que é destinado ao lazer, onde as pessoas saem com suas famílias e amigos para descontrair, tomar um chima, brincar com as crianças, passear com o cachorro e etc, grupos de insanos transformaram um dia de tranquilidade em medo de desespero.

O mais inexplicável de tudo, é como em meio a tanta gente não havia UM grupo, pelo menos, de policiais militares? Não estava lá para saber, mas acredito que se houvesse poderia ter sido evitado um pouco da barbárie. Não que a vida que nasceu no dia seguinte tenha o poder de equivaler à perdida na Redenção, porém é inusitado o fato dos dois acontecimentos terem ocorrido em tal proximidade e em plena luz do dia!

Ah a vida, quem não celebra sua chegada? Aquele casal na praça sem dúvida está celebrando até agora. Que gosto, que felicidade, que vitória a chegada deste ser que teve pressa de chegar ao mundo, sim porque os pais estavam a caminho do hospital quando a mãe entrou em trabalho de parto. Incrível e Divino! Assim como nossas antepassadas que precisavam apenas de uma parideira para libertar de suas entranhas uma criança. Sem luxos de hospitais, sem médicos com mestrados e doutorados, ela não precisou de tanto para ser mãe.

Dois extremos e opostos, mas que de alguma maneira ativam sentimentos fortíssimos em qualquer um. As perdas são sempre dolorosas, ao contrário dos ganhos, mas é indiscutível a existência de ambas em nossas vidas. Meros mortais que somos não temos o poder de escolher algumas coisas, mas quando se pode optar, o bom senso e o amor deveriam prevalecer.

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