Tem gente que acha que pode fazer o que der na telha. Acha que tem mais direito que os outros, é a única explicação pra isso. É bem verdade que as pessoas são livres para fazerem o que bem entendem de SUAS vidas, mas vivemos em sociedade, em uma República que por si só já não colabora. Imaginemos se todos resolverem “achar” que podem fazer tudo que vem a cabeça... Pronto, formou-se o caos.
Eu já estava fazia algum tempo na parada de ônibus, que por sinal estava atrasado. Sozinha, até o sol já havia ido embora. Foi então que chegou um rapaz perguntando sobre o mesmo ônibus que eu esperava, que a essas alturas já deveria estar a caminho. Na verdade o atraso não era tanto como deve estar parecendo, mas eu é que dramatizei um pouco, pois aquela linha não costuma atrasar. O rapaz sentou do meu lado e simplesmente ligou seu celular com MP 3 no alto falante. Eu olhei e pensei: Ele deve estar procurando uma música e já vai desligar. No entanto, ele escolheu uma música, mas deixou tocando NO ALTO FALANTE. Eu, apesar de eclética sou muito chata pra música, daquelas chatas mesmo que não vai a lugares que toquem certos tipos de músicas, e para minha infelicidade era exatamente este tipo de “melodia” que estava poluindo meus ouvidos naquele momento. Exagero da minha parte? Talvez, mas não entendi até agora o porquê do rapaz ter pensado que eu acharia agradável compartilhar aquela música com ele.
Da mesma maneira este fato já aconteceu comigo várias vezes dentro do ônibus, onde além de todos estarem falando ao mesmo tempo, inevitavelmente é claro, sempre tem um engraçadinho que se autodenomina o D’j da trajetória. Eu não sei o porquê de alguns acharem que podem mais que os outros. Imagina só se cada um dos passageiros se sentirem no mesmo direito? Seria pior que um enxame de abelhas, ou ainda, um som alto mal sintonizado.
Confesso que também já fiz algo do tipo, mas por equivoco. Estava ouvindo música no meu celular pelo fone de ouvidos e ao desconectar os fones me esqueci de desligar o MP 3 que ficou tocando bem alto, mas foi por apenas alguns instantes, não cheguei a ser impertinente. Fora isso, se as pessoas se acostumarem a “achar” que simplesmente podem fazer o que bem entendem como: descer do ônibus sem pagar a passagem, que podem passar no sinal vermelho, que podem fazer o que quiserem que não vai afetar em nada no sistema, alguém vai tomar alguma atitude, e não estou falando das autoridades, mas sim de pessoas que tem o sangue um pouco mais quente que o meu e não são tolerantes, capazes de irem às vias de fato por qualquer besteira. E sabemos que isso já acontece. Pode ser clichê, mas olho por olho e dente por dente.
Não confunda individualidade com egoísmo.
Concordo... Gente que não se toca é fogo... É quando exercitamos nossa paciência... Mas até que pra música não sou tão chata... Poucas coisas me irritam... Mas as pessoas às vezes esquecem o bom senso... Belo texto! Bjs!
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