sábado, 6 de junho de 2009

Uma noite inesquecível!

Quinta-feira muito fria em Porto Alegre, os termômetros marcavam uns oito graus celsius. No Olímpico: Grêmio e Náutico. Na minha casa: Sopa de legumes. Na minha carteira: Só trocados e na cidade Baixa: "PORCOS" pra todos os lados. Lá, justamente lá foram parar cinco meninas de família, todas devidamente compromissadas, mas com uma certa vontade de fazer algo diferente.
Sim, eu era uma delas. Umas de tênis, outras de salto alto, plataforma e salto fino. Cada uma com um estilo, mas todas sem rumo. O leque de opções era bem variado, desde Chalaça até Café Segredo, Opinião, Pé Palito e KimiK, porém as cinco, que às vezes pareciam dez, não entravam em comum acordo. De fato ficamos pela Cidade Baixa, onde na primeira esquina chovia brigadianos e azulzinhos. Algo de muito grave tinha acontecido! Todos os carros paravam e o engarrafamento já tomava conta de todas as ruas, não tinha mais como sair dali. De um lado uns seis militares na calçada, do outro... Não tinha nada! Mas era contra mão. Enquanto esperávamos conversamos, rimos, falamos besteiras, lembramos de anos anteriores, nos divertimos, porém, seria melhor se pudéssemos descer do carro.
Em uma rua, em uma única rua paramos em duas blitz, nas quais só mostramos os documentos. Conseguimos dobrar a esquina para a outra quadra, e aí... Mais filas de carros e uma nova blitz. Desta vez não era uma blitz qualquer, tivemos que descer do carro e esperarmos a revista, na qual foi conferido desde o porta luvas até minha mochila e nossas botas por dentro. Eles estavam bem nervosos! Perguntamos o que tinha acontecido e o guarda nos disse que era uma região de muita droga e armas. Mas só um pouquinho! Vamos refletir: Vai me dizer que ele achou que cinco meninas maquiadas, arrumadas de carro com placa de Glorinha estariam sob suspeita? Pior que sim. Pra nossa ajuda minha amiga, a dona do carro, esqueceu de deixar um fardo de cervejas no Sítio pro pai dela, isso até que não foi nada, o brigadiano só não gostou muito de vê-lo no porta malas.
Depois de muito rodar de blitz em blitz já havia passado muito tempo e a única coisa que queríamos era parar e descer do carro. Até fome já tinha dado. Resolvemos parar então no lugar mais próximo de onde estávamos. Estacionamos e entramos então no Nega Frida, pub que é conhecido por uma lenda, cuja: “Antigamente eram feitos diversos rituais africanos, se não me engano, e desde então todas as mulheres que lá entravam perdiam um brinco.” É, foi aí mesmo que entramos. Logo percebemos que o lugar era legal, músicas boas, aconchegante e bem decorado conforme o tema da lenda, o único detalhe é que só estávamos nós e os garçons lá dentro. Não que alguma de nós quisesse tumulto ou coisa parecida, mas também não precisava de tanta exclusividade! Passada mais uma hora ninguém aguentava mais, eu era a única que não estava tão contrariada, apreciava o local até que a banda começou a tocar, aí não deu mais pra mim também. Nós todas nos olhamos e parecíamos dizer a mesma coisa: VAMOS PRO MC DONALD's!
Chegamos de volta ao apartamento de uma amiga da minha amiga para dormir. Eu e a Tininda dormimos juntas no quarto de hospedes com um edredom só, mas ligamos o ar quente e dormimos. Certa hora da madrugada acordei suando muito e quase sem respirar, o ar quente sufoca! Logo depois voltei a dormir. Acordamos de novo eram sete horas da manhã porque as gurias tinham aula na faculdade. Eu e minha amiga fomos para um lado e elas para o outro. Meio dormindo meio acordadas ainda, paramos para deixar o carro na revisão, enquanto isso o pai dela estaria indo nos buscar. Viram que eu disse ESTARIA? É porque ele não estava, esqueceu de nós e tivemos que voltar de ônibus. Prontas para mais um dia de trabalho, com umas carinhas que já dizia tudo. QUE INDIADA!
Obs: Ninguém perdeu o brinco, mas o da Fê quebrou.

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